Século XIX
A
fotografia de moda existe desde os primeiros dias da fotografia.
Nas segunda metade do século XIX, o francês Pierre Louis Pierson fotografou
a narcisista italiana Virginia Oldoini, condessa de Castiglion, frequentadora
da corte francesa de Napoleão III, e supostamente amante do imperador. Fascinado
por sua beleza, o fotógrafo decidiu capturar suas facetas e introduziu uma
verdadeira modernidade artística para os cenários e poses imaginativas que ele
dirigia.
Foto:
Pierre Louis Pierson – Condessa de Castiglion - 1860
Mesmo não
ter sido publicadas em revistas de moda, as fotografias da condessa demonstram
a moda da nobreza europeia no século XIX e ela é considerada a primeira modelo
da história da moda.
As
primeiras revistas de moda foram Harper’s Bazaar fundada em 1867 e Vogue em
1892 (seu criador foi Arthur Baldwin, um impecável membro da sociedade de Nova
York). Nessa época ainda não era possível imprimir fotografias portanto os
editoriais eram inicialmente ilustradas à mão.
Anos 10
O uso da fotografia como instrumento
de publicidade só se tornou popular no início do século 20, quando a própria
moda tornou-se acessível para um público mais amplo.
A partir de 1911 a revista
francesa “Arte e Decoração” publicou a primeira fotografia de moda. Isso
ocorreu até que o Condé Nast contratou Baron Adolph de Meyer em 1913 cujas
modelos eram atrizes e aristocratas para a Revista Vogue, nessa época não havia
agência de modelos.
Foto: Baron Adolph de Meyer
Alguns afirmam que o
fotógrafo Edward Steichen foi realmente responsável por tirar as primeiras
fotografias de moda com mais empenho. Steichen fotografou vestidos desenhados
pelo estilista Paul Poiret que criou em 1906, vestidos que marcaram a nova
silhueta da mulher, não mais apertada, espremida pelo espartilho. Poiret ficou
conhecido por liberar as mulheres desse incômodo acessório.
Vestido com espartilho - anos 10 Foto: Edward Steichen – Estilista Paul Poiret
As fotografias, com os
vestidos de Paul Poiret, foram publicadas na edição de abril de 1911 da revista
Art et Décoration.
Foto
Edward Steichen - Revista Art et Décoration - 1911
A importância das revistas
cresceu no início do século 20, à medida que as colaborações com designers
aumentaram. As linhas de produção de roupas prontas ou Prêt à porter (em
inglês: Ready-to-wear) e lojas de departamento aumentaram a acessibilidade da
moda de alta costura, e as tendências foram adotadas e disseminadas
internacionalmente.
Anos
20
Nestes dias pioneiros, os
fotógrafos receberam liberdade de criação em suas fotos, a competição entre as
revistas Vogue e Harpers Bazaar também contribuiu nessa criatividade o que
transformou o gênero de fotografia de moda em uma excelente forma de arte.
Os fotógrafos Adolph de
Meyer, Edward Steichen e o novato George Hoyningen-Huene foram os destaques
nessa década.
Foto:
George Hoyningen Huene – Revista Vogue - 1929
Imagens fotográficas e
ideais de beleza feminina foram fortemente influenciados pela indústria
cinematográfica. As fotos eram realizadas em estúdio porque em externas não eram praticáveis.
Foto: Edward Steichen – Chapéu Lanvin
- Vogue, 1928
Anos
30
Em 1936, um fotógrafo de
esportes húngaro pouco conhecido, Martin Munkácsi, mudou-se para Nova York. Pouco
tempo depois, Munkácsi assina contrato com a revista Harper's Bazaar de
$100.000. Ele trouxe sua própria estética com ação, aprendida fotografando
atletas, ao mundo da moda, muitas vezes saindo do estúdio para fotografar
modelos ao ar livre, em poses dinâmicas na praia, nas fazendas e ruas.
Foto:
Martin Munkacsi – Revista Harpers Bazaar - 1934
A possibilidade de
“congelar” o movimento se deve ao desenvolvimento de câmeras manuais e
velocidades do obturador mais rápidas (particularmente a Leica de 1/1000)
possibilitou fazer fotos ao ar livre.
A década de 1930 é
conhecida como o período de expansão surrealista pelo mundo cujos princípios
eram: ausência da lógica, adoção de uma realidade "maravilhosa"
(superior), exaltação da liberdade de criação, entre outros. As fotografias de
Man Ray proporcionaram uma fusão desse movimento da arte contemporânea com a moda.
Foto: Man Ray – Revista Harpers Bazaar
- 1937
Anos
40
Em 1940, com a Europa
dominada pela segunda guerra mundial, a Vogue francesa foi forçada a fazer uma
pausa por um breve período devido à ocupação nazista da França. Por causa
disso, as revistas americanas Vogue e Harper's Bazaar tornaram-se o novo lar de
fotografia de Moda.
Essa mudança da Europa
para os EUA foi acompanhada do surgimento de um olhar fotográfico jovem e
desportivo do ideal e cultura americana, muitas vezes representado com
bandeiras, carros edifícios e marcas. O grande destaque nesse etilo de
fotografar foi Norman Parkinson.
Foto:
Norman Parkinson – New York - 1949
O fotógrafo Erwin
Blumenfeld foi pioneiro no uso da nova câmera Hasselblad, e com a lente grande
angular, proporcionou novas formas de fotografar moda em perspectiva e
composição.
Foto
Erwin Blumenfeld – Revista Vogue -1948
O fotógrafo americano Irving
Penn estabeleceu novos padrões com imagens requintadas e elegantes. O ano de 1947
viu uma revolução com a introdução do New Look de Christian Dior. As roupas de
utilidade austera foram substituídas por conjuntos extravagantes e mais femininos.
A demanda pública foi instantânea e o New Look tornou-se rapidamente um símbolo
pós-guerra da juventude, da esperança e do futuro. Glamour tinha retornado.
Foto: Irving Penn - Modelo: Lisa
Fonssagrives - Capa Revista Vogue - 1949
Irving Penn foi casado com
a modelo sueca Lisa Fonssagrives reconhecida como a primeira supermodelo. Penn
fotografou sua esposa inúmeras vezes durante seu casamento, e várias de suas
imagens passaram a se tornar icônicas. Captando-a com um chapéu feito de penas
de frango ou abrigada em roupões em um palácio marroquino, Penn trouxe o melhor
dela. Fonssagrives projetou uma imagem de glamour imperturbável que é tão
relevante hoje como era quando as fotos foram tiradas.
Foto:
Irving Penn – Modelo: Lisa Fonssagrives - 1948
Anos
50
Um dos grandes destaques
na década de 50 foi o fotógrafo americano Richard Avedon lançando uma série de
composições fotográficas que se tornaram ícones na história da fotografia de
moda. Dentre elas está a foto com o título "Dovima com os elefantes",
uma imagem maravilhosamente provocativa que se tornou a fotografia de moda mais
cara que já se vendeu em leilão em novembro de 2010, por US $ 1,15 milhóes.
Foto:
Richard Avedon – Modelo: Dovima – Vestido:Dior - 1955
A modelo americana Dovima
foi na década de 50 a mais solicitada para fotos e também a mais bem paga.
Fotógrafos como Irving
Penn e Norman Parkinson, que iniciaram carreira na década anterior, se
consagraram nos anos 50.
As fotos com fundo branco e
composições gráficas de Irving Penn com forte impacto visual tornaram-se ícones
estão associadas ao tema do editorial da Vogue: “The black and white idea”.
Foto:
Irving Penn, - capa Revista Vogue -
1950
A carreira de Norman
Parkinson floresceu, suas imagens naturais, com modelos em poses descontraídas
e espirituosas apresentando um apelo intemporal.
Foto:
Norman Parkinson - Revista Vogue - 1951
Anos
60
A década de 1960 foram
anos de grandes, e talvez a maior, das mudanças na moda e fotografia de moda. O
papel das mulheres na sociedade estava sendo questionado e o tremor da
juventude com o movimento hipie que rejeitava as normas e os valores da
sociedade de consumo, e se vestia de modo não convencional (com influência da
moda oriental).
Os jovens pela primeira
vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. Aliás, a moda
era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, às
vezes de protesto. As tendências da moda não partiam apenas de Paris, mas estavam
vindo da cultura da rua, exemplo disso, foi a minissaia, que segundo as
palavras de sua criadora, Mary Quant: “Foi a rua que a inventou".
Foto Vernon Merritt III – Capa Revista
Life - 1969
Em
1965, na França, André Courrèges causou uma verdadeira revolução na moda, com
sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de
futuro, em suas "moon girls", de roupas espaciais, metálicas e
fluorescentes. Enquanto isso, Saint Laurent criou vestidos tubinho inspirados
nos quadros do pintor Mondrian e o italiano
Pucci virou mania com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, em meio às suas
experimentações, usou alumínio como matéria-prima.
Os tecidos apresentavam
muita variedade, tanto nas estampas quanto nas fibras, com a popularização das
sintéticas no mercado, além de todas as naturais, sempre muito usadas.
O unissex ganhou força com
os jeans e as camisas sem gola. Pela primeira vez, a mulher ousava se vestir
com roupas tradicionalmente masculinas, como o smoking [lançado para mulheres
por Yves Saint Laurent em 1966].
Na Grã-Bretanha, os três
fotógrafos, Terence Donovan, Bob Richardson e David Bailey foram fundamentais
na introdução da espontaneidade e do sexo na fotografia de moda.
Foto:Terence Donavan – modelo Joanna
Lumley – 1966
Foto:
Bob Richardson - 1968
O desenvolvimento da
câmera S.L.R. (Single Lens Reflex), ajudou uma abordagem mais relaxada e
realista para retratar moda e modelos. Esses jovens fotógrafos viram-se como
superstars e tiveram mais liberdade de criação em suas fotos com as modelos em
poses mais arrojadas, com mais desembaraço e atitude. As imagens de David
Bailey das top models Jean Shrimpton e Twiggy sintetizaram a moda das lojas
emergentes de roupas prontas e capturaram a vitalidade da década.
Foto: David Bailey – modelo
Jean Shrimpton – anos 60
Foto:
David Bailey – modelo Twiggy - 1966
A
década de 1960 viu a profissão do fotógrafo se tornar extremamente lucrativa e
os fotógrafos atingindo o status de celebridade. Assim como os fotógrafos, as
modelos tornaram-se celebridades mundiais,
resumido pelas inglesas Twiggy e Jean Shrimpton.
A revista Nova Magazine,
publicada pela primeira vez em 1965, refletiu a vitalidade fotográfica e
fotográfica. A ênfase era mais sobre arte e atmosfera do que a própria roupa.
O grande destaque na
fotografia de moda americana nos anos 50, foi Richard Avedon, que já havia se
consagrado desde a década de 40.
Foto: Richard Avedon –
vestido Paco Rabanne – 1967
Anos
70
O jeans tornou-se o
uniforme do mundo. No Brasil as marcas mais conhecidas eram Staroup, Wrangler e
as mais cobiçadas e caras eram Lee, Levi’s, Yves Sant Laurent, Valentino,
Pierre Cardin. A “boca de sino” nas calças jeans marcou a década.
Modelo:
Farrah Fawcett – anos 70
Em
décadas anteriores os homens eram quase a totalidade que dominavam a fotografia
de moda, porém, na década de 1970, fotógrafas conseguiram definir uma nova estética
contrastante para o olhar masculino tradicional. Sarah Moon foi o destaque da
década com suas fotografias ligeiramente desfocadas e uso de filme com
sensibilidade alta transmitindo mistério e sensualidade.
Foto: Sara Moon – Revista
Vogue - 1972
Algumas
das imagens mais fortes da década vieram da câmera do fotógrafo nascido em
Berlim, Helmut Newton. Imagens eróticas de mulheres
sexualmente seguras desafiaram ideias de feminilidade e papéis sexuais.
Foto:
Helmut Newton - Revista Vogue - 1974
Em suas fotos a mulher (ele
preferia modelos altas) surge como uma figura andrógina O erotismo estilizado
que se tornaria sua assinatura.
Juntamente com Yves Saint
Laurent e Karl Lagerfeld, Newton liderava uma nova onda de fotógrafo e
designers que se propunham a agitar as normas de gênero e as percepções
preconcebidas da feminilidade.
Foto:
Helmut Newton- Revista Vogue - 1976
Uma das características de
Newton é a sua simplicidade na técnica fotográfica e na escolha de locação
(hotéis, ruas piscinas, etc.). Ele costumava fotografar com uma simples câmera
SLR Canon de 35mm, com todas as configurações automáticas, valor ISO em 1600 ou
3200 e um simples flash conectado ao topo da câmera. Ele recusava iluminação de
estúdio e usava a luz ambiente.
“Eu acho que é por isso que meu equipamento
técnico é muito simples, muito básico porque me dá mais tempo para trabalhar
com a modelo, o que é o mais importante. "- Helmut Newton
Na segunda metade da
década surge a moda disco ou discoteca reforçada pelo filme “Os embalos de
sábado à noite” (Saturday night fever) de 1977. No Brasil, a novela “Dancing
Days” colaborou com esse estilo de moda feita especialmente para a vida
noturna.
Cena
do filme “Os embalos de sábado à noite” (Saturday night fever) com John
Travolta de 1977
Materialismo e a busca da
felicidade e do prazer, moldaram a década de 1980. A moda explodiu em uma
indústria de consumo global, impulsionada por campanhas publicitárias e
comerciais de televisão, exemplo disso foi a grife Calvin Klein.
Foto:
Richard Avedon – Modelo: Brooke Shields - 1980
Na
década de 80 a revista Elle se expandiu para 60 países e a Vanity Fair
ressuscitou o título, que havia deixado de ser usado desde 1935.
Foto:
Irving Penn – Modelo: CindyCrawford - 1984
Os fotógrafos
de moda desempenharam um papel importante na alimentação do apetite global pela
moda, pelo glamour e pelo materialismo. Fotógrafos estabelecidos como Richard
Avedon, Irving Penn e Helmut Newton continuaram a dominar o campo, enquanto
novos artistas como Bruce Weber, Nick Knight, Steven Meisel e Mario Testino
começaram a ser reconhecidos.
Foto: Bruce Weber – Anúncio Ralph
Lauren - 1988
A
moda masculina também cresceu em sua própria indústria, com fotógrafos como
Herb Ritts e Bruce Weber conhecidos pelo seu trabalho
para marcas como Armani e Calvin Klein, creditadas com a apresentação novas
perspectivas para o conceito de masculinidade.
Foto: Bruce Weber –
modelo: Tom Hintnaus – Campanha Calvin
Klein - 1982
Pin up boys (posters),
defendido pelo fotógrafo Bruce Weber, tornou-se o novo ícone de imagens
publicitárias. O modelo Tom Hintnaus (Tomás Valdemar) nasceu no Brasil e
mudou-se para os Estados Unidos em 1960. Nas olimpíadas de 1980 ele representou
o Brasil na modalidade de salto com vara. Ele é conhecido como o primeiro
modelo de cuecas em uma campanha publicitária e tornou-se a imagem icônica de
"homem como objeto sexual" na década de 1980.A foto foi realizada em
ilha grega e a revista “American Photographer” nomeou a foto como uma das
"10 fotos que mudaram a América.
Outro fotógrafo que causou
muita polemica nos anos 80 foi o italiano Oliviero Toscani com imagens para as
campanhas da grife Beneton, proibidas em muitos países.
Foto: Foto Oliviero Toscani - Campanha
Benetton - anos 80
Suas fotos, às vezes com
uma linguagem jornalística, propunham mais a realidade ao invés da ilusão,
denunciando problemas mundiais.
Como exemplo, a fotografia
de um padre beijando uma freira. A imagem ataca uma regra fundamental da igreja
católica: o celibato.
Supermodelos como Cindy
Crawford, Christy Turlington e Naomi Campbell foram idolatradas por sua beleza
aparentemente impecável.
Foto: Herb Ritts – Supermodelos: Naomi
Campbell, Cindy Crawford, Christy Turlington,Tatjana Patitz e Stephanie Seymour
- 1989
Anos
90
A reação contra o
materialismo dos anos 80 se refletiu no estilo visual grunge, na desconstrução
e no minimalismo dos anos noventa. Os “looks” eram mais alternativos e
despojados As imagens de moda
tornaram-se mais sobre a vida real e a atitude do que a própria roupa.
As fotos que, no início
dos anos 90 mudaram o curso da fotografia de moda, podem ser interpretadas como
uma reação a um sistema que foi percebido como agressivo e falso: o das imagens
com glamour dos anos 80.
Entre os primeiros a citar
uma nova estética fotográfica nos anos 90, foi o fotógrafo nascido na Alemanha,
Juergen Teller: seu trabalho trouxe o realismo ao contrário do glamour.
Foto:
Jurgen Teller - Modelo Linda Evangelista - anos 90
Seu
estilo fotográfico tornou-se capaz de reestruturar a realidade, mudando o seu
significado através de um processo de revitalização estética: homens e mulheres
capturados na intimidade de atos e cenários cotidianos, às vezes sem maquiagem,
imperfeitos, mostrados em sua fragilidade e em locais comuns sem retoque de
pós-produção.
Fotos:
Juergen Teller – anos 90
A estética de Juergen
comemora beleza não convencional, que não esconde os sinais de idade, falhas e
irregularidades.
Porem na mesma década de
90, os projetos de alta costura de John Galliano e o falecido Gianni Versace
capturados por fotógrafos conceituados como Richard Avedon e Steven Meisel
celebram belas roupas extravagantes e retornam a uma era diferente.
Foto:
Steve Meisel - estilista John Galliano - Vogue 1996
A década de 1990 também
viu o nascimento da imagem digital e da manipulação fotográfica. Fotógrafos
como David La Chapelle e Andrea Giacobbe usaram computadores e arte visual para
manipular imagens e produzir imagens de moda surreal.
Foto: David La Chapelle –
modelo: Milla Jovovich – 1995
Foto:
Andrea Giacobbe - Revista: Smashing
Pumpkins - 1996
Nas
décadas seguintes, a fotografia de moda assume muitas formas, já que os limites
estão se tornando cada vez mais obscuro entre o trabalho comercial e artístico.
Uma certa sensação de surrealismo caracteriza o trabalho de
muitos artistas contemporâneos, incluindo Mario Testino, Ellen von Unwerth,
Roxanne Lowit, Juergen Teller e David LaChapelle, cujo uso de manipulação
digital oferece uma fuga da realidade cotidiana através do brilhante mundo da
moda, celebridades e pessoas bonitas.
OBS: Ver no link abaixo, vídeo com o título: The best of fashion - a century of photography. São imagens produzidas pelos mais famosos (outros nem tanto) fotógrafos de moda no século 20 e início do 21.
https://www.youtube.com/watch?v=tfIl-kDgwrg&t=475s
Capa Harpper's Bazar - 1867 Capa Vogue - 1892