sábado, dezembro 05, 2015

CAÇADORES DA ALMA


O documentário “Fotojornalismo, a ética e a caça” fez parte do programa “Caçadores da Alma” apresentado pela TV Brasil. São diversos episódios dirigidos por Silvio Tendler com depoimentos dos mais consagrados fotógrafos brasileiros em diversos campos de atuação da fotografia.


Foto: Walter Firmo

Confira no link:

http://tvbrasil.ebc.com.br/cacadoresdaalma/episodio/fotojornalismo-a-etica-e-a-caca-0   


quinta-feira, abril 23, 2015

ELEMENTOS VISUAIS DA LINGUAGEM FOTOGRÁFICA

Fotografar é um ato reflexivo. Fruto de uma observação atenta do que está ao redor, de um olhar treinado. De nada adianta o fotógrafo dispor de uma excelente câmera com todos os recursos de equipamentos se ele não dispõe de um “ver fotográfico” aliado à sensibilidade ou a intuição bem treinada. Segundo o fotógrafo Henri Cartier-Bresson:
"A fim de dar um sentido para o mundo, é preciso sentir-se envolvido no que se enquadra através do visor. Essa atitude exige concentração, disciplina da mente, sensibilidade e um senso de geometria”.


                                Foto: Henri Cartier-Bresson


ELEMENTOS VISUAIS
                                              
Elementos visuais ou informações visuais daquilo que se vê, é a forma como vemos a realidade. Vemos e reconhecemos as coisas através de texturas, formas, contornos, cores, etc. Todas as fotografias devem conter alguns desses elementos visuais independente de qual seja o assunto fotografado, você escolherá um deles para dar mais ênfase do que outros. O resultado dessa ênfase serão fotos que expressão sua individualidade como um fotógrafo, sua forma pessoal de ver as coisas.
Quando o fotógrafo estiver perante um assunto, deverá dispor esses elementos visuais seguindo os princípios de design com séculos de existência. Todas as melhores fotografias contêm pelo menos um desses elementos, que podemos encontrar também nas grandes obras de arte.
Estudar os elementos básicos de design visual e entender como eles funcionam, vai ajudar os novos fotógrafos a melhorar sua composição fotográfica.

Trata-se de aprender o vocabulário de design, vendo exemplos de obras de arte que utilizam elementos de design eficazes e aplica-los no processo de fotografia.

TEXTURAS:
   
Na fotografia a textura evoca uma variedade de sensações e sentimentos associados ao relevo e toque. É através dela que muitas vezes podemos reconhecer o material com o qual foi feito um objeto que aparece em nossa fotografia.
Texturas de material enferrujado, tintas descascadas, troncos de árvores, muros velhos, folhas secas, terra rachada pela seca, paralelepípedos, fábricas abandonadas, há uma infinidade de interessantes tipos de texturas que podem criar uma temática, de grande impacto visual e, em diferentes situações, produzirem efeitos abstratos e muito criativos. É importante valorizar todos os detalhes, sabendo se posicionar em relação ao objeto a ser fotografado. A qualidade da luz é importante para fotografar textura, pois é ela que vai dar relevo e nitidez.

                  Foto: Oswaldo Hernandez

A luz dura é mais recomendável para se trabalhar com texturas, incidindo de uma forma rasante (baixa) sobre o objeto fotografado, é mais bem aceita do que uma luz direcionada de uma forma frontal que elimina da superfície as nuances ou os meios tons – que no caso da textura são muito importantes.

Normalmente a textura é mais acentuada quando nos aproximamos com a câmera do assunto, destacando-o mais do que seu tamanho natural, com isso pode-se ampliar e registrar texturas, embora familiar para nós, estará irreconhecível, fornecendo ao assunto uma característica abstrata.

FORMAS

Forma é um objeto, tal como existe em três dimensões, o que inclui tanto o volume como seu contorno.
As formas podem ser orgânicas (formas irregulares encontrados na natureza) ou geométricas (formas com linhas fortes e ângulos, tais como círculos, triângulos e quadrados). Aqui também a luz dura e lateral, produz rápida passagem entre áreas de altas luzes e sombras densas destacando o volume das formas.


A identificação da forma dos objetos está em nossa memória e a maneira de mostrá-la com eficiência, além da qualidade da luz e a escolha do ângulo de tomada, é a tonalidade do fundo (claro sobre escuro ou escuro sobre claro).

            Formas: claro sobre fundo escuro - Foto: Kevin Frayer - Israel – 2008


             Formas: escuro sobre fundo claro - Foto: Jean Gaumy - Iran - 1986


CONTORNOS DAS FORMAS

É a forma externa ou a aparência característica de alguém ou de alguma coisa; o contorno de uma área ou figura. São as linhas que formam os objetos, ou suas formas e nos ajudam a identifica-los. 

O contorno da borboleta contribui na edificação do objeto. Se estivesse com as asas fechadas ficaria mais difícil essa identificação portanto, é importante procurar o ângulo de tomada e o momento certo para se fotografar certos objetos.

Os mais puros contornos são as silhuetas onde são eliminados os volumes, as texturas e cores.


O que forma uma silhueta é algum objeto ou cena posicionado em contra luz. As fotos mais comuns são aquelas feitas ao nascer e por do sol, mas pode-se conseguir a silhueta em qualquer outra situação desde que haja um fundo bem iluminado e o assunto em uma área sombreada. Ao enquadrar um assunto, a medição da luz deve ser pela luz do fundo.

COR

Não há regras rígidas em fotografia para o uso e combinação de cor. A maneira como a cor é usada na fotografia é uma escolha pessoal. Sabemos que certas cores se contrastam mais do que outras e, que o vermelho, amarelo e azul são cores dominantes (primárias), enquanto o verde, violeta e laranja são menos dominantes por serem secundárias. Tudo depende da sensibilidade e gosto pessoal de quem estiver fotografando. 


A imagem acima representa bem uma combinação de cores e contrastes ideais. Temos no primeiro plano o amarelo contrastando com o vermelho que por sua vez se destaca sobre um fundo branco. 

Na fotografia usamos as denominações de cores quentes quando na cena fotografada existem tons de vermelho e amarelo e, cores frias quando existem cores com predominância de azul e verde.
As cores têm influência nas emoções das pessoas, por exemplo, o vermelho está associado à paixão, desejo, perigo, sangue, energia, etc. O azul frequentemente associado ao céu, tranquilidade, estabilidade, fé, inteligência, etc. O preto é associado a poder, morte, elegância, medo, etc. A cor na fotografia é o principal fator responsável por transmitir sensações alegres, misteriosas ou talvez melancólicas ou sombrias.

 Foto: Ariel Schalit

Já ao fotografar ao ar livre não há como alterar as posições e cores relativas dos diversos elementos que fazem parte da composição. No entanto, muitas vezes se consegue, ao compor a imagem, descobrir alguma mancha de cor que contraste com o tom geral da cena, que tenha força para atrair o olhar e assegurar o sucesso da imagem. Cores como o amarelo, laranja e em especial, o vermelho, são as que mais se prestam para produzir pontos de interesse.

PERSPECTIVA

É a ilusão de profundidade espacial. Ela se determina a partir de um ponto de convergência que centraliza a linha, ou as linhas principais da fotografia.
A presença deste elemento visual é mais notória em cenas mais amplas, com linhas paralelas que se juntam no horizonte. O exemplo mais comum é uma estrada de ferro, outro exemplo, um prédio fotografado de sua base ou de cima. 

O uso da objetiva grande angular acentua mais a perspectiva.

Perspectiva com planos

Note-se, porém, que a grandeza relativa dos objetos de uma cena e a intercalação desses objetos em planos sucessivos da imagem (do primeiro plano até ao plano de fundo) também pode contribuir, em fotografia, para dar a sensação de profundidade.

Foto: Alex Webb

Perspectiva forçada

Perspectiva forçada é uma técnica de fotografia relativamente simples que brinca com a distância entre os objetos de uma cena e os ângulos de tomada. Embora esta técnica seja mais abordada em temas bem humorados, há uma variedade de aplicações práticas.



LINHAS

As linhas são ferramentas poderosas que podem ser usadas de forma inteligente para conduzir os olhos dos espectadores para o ponto de interesse em uma fotografia. Linha é o elemento mais importante de todos e também o mais intenso em seu significado. Com base em seu caráter e direção, linhas comunicam emoções tornando-se um dos elementos mais fortes de design na fotografia. As linhas podem ser verticais, horizontais, diagonais, ou curvas.
Utilize as linhas naturais da paisagem para levar o olhar para dentro da foto, ou seja, conduza o olhar do observador para o assunto principal (o centro de interesse) da fotografia.
Há muitas situações que podem usar esta técnica simples: rodovias, edifícios, pontes, fios de energia elétrica, vias férreas... existem diversas oportunidades para usar as linhas de condução para melhorar a composição.

Linhas horizontais:
As linhas horizontais em uma foto tendem a passar sensações de serenidade, permanência e estabilidade. Essas linhas são mais enfatizadas quando o enquadramento é horizontal em vez de vertical.
Camadas de várias linhas horizontais em uma imagem podem criar ritmo, e com possibilidade de se tornar o principal interesse da imagem por si mesmo. As linhas horizontais podem incluir horizontes, construções, objetos caídos ou qualquer coisa que se expanda horizontalmente.

 Foto: National Geographic

Linhas verticais:
As linhas verticais em uma fotografia tendem a transmitir diferentes percepções, variando de poder e força. As linhas verticais podem incluir árvores, edifícios, postes de iluminação e um monte de outros objetos diferentes que se expandem verticalmente.

Foto: National Geographic


Linhas diagonais:
As linhas diagonais funcionam bem para orientar a atenção do espectador para o principal tema de sua foto. Eles podem transmitir uma sensação de ação, tornar fotos mais dinâmicas ou criar uma sensação de profundidade. As linhas diagonais podem ser a forma de uma estrada, uma aglomeração de árvores, uma cerca, rio ou qualquer outro componente de uma imagem.


Foto: Alexander Rodchenko - 1930



Linhas curvas:
As linhas curvas podem adicionar a beleza e graça a uma imagem. Eles também são usados como uma técnica para conduzir o olhar para dentro da fotografia. Linhas curvas despertam sentimentos de calma e sensualidade.

Foto - Sam Abell


Linhas de condução
As linhas de condução do olhar são artifícios poderosos da arte fotográfica que podem ser usadas de forma inteligente para conduzir os olhos dos espectadores para o ponto de interesse em uma fotografia.

Há muitas situações que podem usar esta técnica simples: rodovias, edifícios, pontes, fios de energia elétrica, vias férreas... existem diversas oportunidades para usar as linhas de condução para melhorar a composição.
Elas podem surgir em uma determinada cena de forma explícita ou implícita.



Linhas diagonais da perspectiva é o melhor exemplo que representa as 
linhas explicitas como nesta foto de Steve McCurry.




Nesta foto de Jonh Borman está bem representado as linhas de
 condução implícita. Todos os elementos da foto conduzem o olhar 
para o centro de interesse: o tablado de xadrez.





Foto: Constantine Manos 
As linhas de condução também podem ser utilizadas quando se trata 
de placas com sinalização, e a direção em que as pessoas estão olhando.



A LUZ CORRETA


Direção da luz:

Os fotógrafos profissionais preferem, em sua maioria, fotografar no período da manhã e a tarde, pois a posição do sol nesses períodos está mais favorável para se obter uma iluminação ideal.

Há uma grande variação na direção da luz do sol em sua trajetória pelo céu. Com essa mudança que vai do nascer ao por do sol, a direção da luz vai determinar as sombras projetadas pelos objetos e a área que é iluminada, o que, por exemplo, afeta a percepção da textura e do volume. Dentre essa variação da luz, podemos destacar:

Luz lateral

Com o sol baixo é, em princípio, a direção da luz que melhor traduz a idéia de profundidade e o relevo dos objetos, devido ao jogo de sombras (claro-escuro) que causam no assunto fotografado.

Foto: Steve McCurry


Foto: Brian Seed - La Mancha - Espanha

A foto acima realizada com luz lateral, preenche os requisitos daquilo que, para o fotógrafo, é a foto ideal: primeiro plano e fundo interessantes e algo acontecendo entre um e outro, com uma fusão perfeita entre os elementos. 




Contra-luz (iluminação atrás)

No caso das silhuetas, valoriza-se a forma em detrimento do conteúdo, perdendo-se informação ou detalhes quanto a relevo e textura do objeto fotografado, mas, se obtêm melhor estética na imagem. Este é o caso de um contra luz total, quando o assunto fica completamente escuro, em silhueta.

Foto: Peter MacDiarmid - Inglaterra – 2003

Outro tipo de contra luz é quando a iluminação incide no assunto por trás, ocorre quando pretenda ter o assunto rodeado por um contorno de luz mais intensa, mas também poderem observar-se os traços na frente do assunto.

Sebastião Salgado é chamado de o “fotógrafo do contra luz” por ele fazer uso, em muitas de suas fotos, da luz em uma posição baixa no céu, por trás do assunto fotografado.


Qualidade da Luz:

A qualidade ou intensidade da luz interfere na cena fotografada. Abaixo, a mesma cena fotografada com diferentes condições de luz: a foto da esquerda feita com luz difusa e da direita com luz dura da manhã.


Fotos: Oswaldo Hernandez


Basicamente há dois tipos de luz:

a) Luz dura: Existente em dias ensolarados e sem nuvens. Produz sombras mais marcantes e realçam as formas e texturas. Fornece, também, saturação das cores.

Foto: Diane Woodrum Hensley

b) Luz difusa ou suave: ocorre em dias encobertos pelas nuvens, produz sombras suaves e baixo contraste.

Foto: Alex Webb

Fotografia Noturna

Na verdade, é durante a noite, onde algumas das mais belas fotos são tiradas. Um mesmo lugar, fotografado à noite, comparado com a luz do dia, pode se tornar diferente e esteticamente mais atraente.
Sem dúvida, fotografar com pouca luz é um desafio, são tentativas com erros e acertos.


Em uma foto noturna de uma avenida, por exemplo, temos iluminação da rua e dos edifícios, lanternas/faróis dos carros, placas luminosas, etc. Nesse contexto, deve-se considerar essa variedade dos tipos e intensidades de iluminação existente.
É primordial a estabilidade da câmera com o uso de tripé ou uma base firme e segura, uma vez que são usados tempos longos de exposição do obturador. O valor ISO é importante em situações de pouca luminosidade: quanto menor o valor ISO mais tempo vai ser necessário para formar a imagem.
Não existe uma receita pronta para esse tipo de fotografia em função da multiplicidade (ou intensidade) de iluminação que pode existir e, em algumas situações, provavelmente o fotômetro da câmera não vai ser sensível o suficiente para medir a escassa luz da noite. A dica pode ser: manter o mesmo valor de diafragma no valor 11 ou 16, valor ISO em 100 ou 400, e mudar somente o de obturador (tempo de exposição). Só para lembrar, quanto maior o tempo de exposição mais “borrado” fica objetos/pessoas que estão em movimento.


COMPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

Após essa análise dos elementos visuais de uma cena, o fotógrafo tem que saber, dentro de princípios da arte fotográfica, a usar esses elementos dentro de uma composição fotográfica.
A composição está relacionada ao ângulo de tomada e ao enquadramento. Nessa busca pelo melhor ângulo e enquadramento o fotógrafo vai analisando a composição dos elementos, ou seja, dos objetos que irão fazer parte da foto.
Composição é a seleção e organização dos objetos de uma forma harmônica, dentro da área vista no visor da câmera visando uma boa qualidade estética. A melhor composição fotográfica depende do assunto e circunstâncias onde a fotografia será realizada.
O fotógrafo Henry Cartier-Bresson foi um mestre na arte da composição. Ele definia a fotografia como o encontro do instante com a geometria, e sempre enfatizava a busca por aquela fração de segundo onde o objeto ou evento fotografado está harmonicamente composto dentro do quadro.
Nem sempre as circunstancias permitem o fotógrafo compor uma imagem, principalmente no fotojornalismo onde a informação é primordial. Exemplo: uma manifestação pública com muita ação e correria, onde certos momentos imperdíveis ocorrem muito rápido, é quando o fato é mais relevante do que a estética.   

Composição: “Regra dos Terços”

Em quase todas as fotos há um centro de interesse, um objeto ou uma pessoa onde nossa atenção esta mais centrada, e, uma das regras de composição que irá determinar a localização desse centro de interesse na foto é chamada de “regra dos terços”.

Empregada há séculos pelos pintores, a regra dos terços se baseia em imaginar que o quadro do visor é dividido em duas linhas retas verticais e horizontais formando terços da imagem. Obtêm-se assim quatro pontos formados a partir do cruzamento dessas linhas, onde pode ser localizado o centro de interesse.

Louis Lumiere – ‘young lady with an umbrella” - 1907


Foto: Steve McCurry India - 2002

Uma cena estática fornece a situação ideal para uma composição mais cuidadosa. Faça experiências, mudando a posição da câmera, aproximando-se do assunto ou afastando-se.
                 
Para muitas situações a regra dos terços funciona, mas não se deve segui-la à risca e, em muitas situações o centro de interesse deve ficar no centro da imagem como no item seguinte.


Composição simétrica

O cinema, assim como a televisão, incorpora técnicas de composição fotográfica. No filme anglo-alemão O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel) de 2014, candidato ao Oscar de melhor fotografia, o diretor Wes Anderson explora em quase todo o filme, a composição simétrica. Nas cenas com ou sem o uso da perspectiva, o olhar do espectador é conduzido para o centro da imagem, ou seu centro de interesse, contradizendo a regra dos terços. Assista trailer do filme aqui

Simetria na fotografia é a criação de uma imagem que pode ser dividida em duas (horizontal ou verticalmente) partes iguais, onde ambas as partes da imagem parecem iguais ou pelo menos semelhantes. Qualquer das partes pode ser uma imagem de espelho da outra. Composição com simetria traz a sensação de equilíbrio e proporção esteticamente agradável, aumentando a facilidade com que a informação é processada.

Foto: Nikos Economopoulos

No vídeo "Centered", feito pelo cineasta Kogonada é mostrado as perfeitas composições simétricas nas cenas de toda a filmografia do diretor Wes Anderson, ao adicionar uma linha pontilhada branca no meio dos quadros. Confira no Link

Composição assimétrica

Na composição assimétrica os elementos de um lado da imagem (metade da foto) são diferentes na forma, tamanho, cor e / ou o número de elementos no outro lado. Composição assimétrica em sua natureza é bastante dinâmica e expressiva.

Foto: James Nachtwey

Composição grafismos (ou geométrica): 

É registrar cenas, ou detalhes que estejam associados a formas geométricas.
 A composição usando formas geométricas pode ocorrer:

1de uma forma implícita, através de linhas imaginárias que contornam os objetos ou pessoas da cena.


Foto: Alex Webb

2 de uma forma explicita, na relação objeto/fundo, formas, cores, perspectiva,a relação entre luz e sombra como na foto seguinte: 

Foto: Fan Ho

Esse segundo tipo de composição com linhas explicitas, é mais encontrado em detalhes arquitetônicos, na natureza e nos objetos. O segredo para se conseguir um melhor efeito visual nesse tipo de composição está no enquadramento da imagem, “fechando” bem no assunto de interesse ou, como dizem os fotógrafos, enchendo o quadro somente com o assunto ou detalhe, evitando outros objetos que possam interferir na imagem.

Foto: Martine Franck

Composição: padrões
              
A composição com linhas, formas ou cores semelhantes que se repetem chama-se padrões. Existe sempre à nossa volta muito desses padrões naturais ou feitos pelo homem: carros num estacionamento, pessoas numa fila, uma fileira de arvores. Esse tipo de composição da um sentido de ordenação e harmonia.


Para evitar a monotonia e um ritmo excessivamente rígido, temos que incluir elementos secundários e discordantes que irão atenuar sua rigidez e proporcione um centro de interesse como ocorre na foto seguinte:

Foto: Alexander Natruskin

A escolha do ângulo de tomada correto, o jogo de tons, luzes e sombras é o que irá ressaltar a composição do conjunto de objetos ou pessoas que constituem a imagem.
Outros exemplos de composições com grafismos e padrões no Link 




Texto por: Oswaldo Hernandez

Oswaldo Hernandez é fotógrafo com trinta anos de profissão e, professor de fotografia em Universidade nos cursos de Comunicação Social.